sábado, 24 de dezembro de 2011

Trechos do Livro "Valete de espadas" de Gerardo Mello Mourão.

- Todos os erros do mundo se devem a respostas erradas.

- Falar não significa superioridade. Quantos homens viveram oitenta anos, falando todos os dias, o dia todo e nem uma de suas palavras permaneceu.

- É preciso queimar todas as palavras, perdê-las, para salvar uma. E quantas vezes a palavra não estraga justamente nossos mais belos pensamentos e anula nossas mais vivas expressões.

- Não encontro ninguém para falar de tais negócios, e sou obrigado a recorrer a velhos livros, e encontro todos, poetas e profetas, perplexos da mesma angústia.

- Aqui estão as minhas mãos. Tenho medo de feri-las, mas devia romper com elas este espelho terrível. Me olho. Miro meus olhos, comparando-os com os loucos que me mostraram certa vez no hospício (…) . Mas são meus olhos, e não estão mortos e não me enganam.

- Não sei se é remorso ou se é saudade. É o coração na ponta dos dedos, machucando-se em tudo que eu toco.

- Poucos exercem sua profissão. As profissões é que os manobram. São empregados nelas. (Nem se quer é o destino. Estes que se entregam sem lutar contra o destino, nem podem dizer que lhe conhecem o sabor. Porque o destino, é preciso domá-lo, com ódio ou com amor, mas domá-lo).

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